quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

voe passarinho

                                               foto: acervo pessoal
Eu invejo os pássaros. Imagine como deve ser bom viver voando e cantando por aí. Livre. Destemido. Eles só precisam capturar algumas deliciosas minhocas de vez em quando. Se eu tivesse um par de asas daqueles, faria um estrago. No bom sentido, é claro. Sairia voando por aí para descobrir o que há de tão misterioso além daquelas nuvens de algodão. Meu sonho é tocar o céu livremente, cantando e dando piruetas, sem me preocupar em cair. Eu deveria ter nascido na forma de um passarinho, mas como sei que na alma já sou um, vou me contentar com os sonhos terrenos que vivo e amo. Continuarei sonhando com esse tal vôo mágico que talvez fique só na minha mente... Mas quem sabe até onde ela pode voar?

saudade

                                                                                                                   foto: acervo pessoal
Saudade é uma coisa estranha. Todo o mundo sente, mas poucos sabem expressá-la. Fora da língua portuguesa, por exemplo, essa palavra nem existe. Algumas pessoas no mundo nem sabem denominar esse sentimento, que se caracteriza pela falta que alguém ou algo lhe faz, o desejo que se tem de querê-lo perto de si. Às vezes é até bom sentir um pouco de saudade de quem se ama, mas na medida certa. Estou com saudade. Saudade de muita coisa. Da minha casa, do meu quarto, do meu urso de pelúcia. Por incrível que pareça, até do colégio já estou sentindo um pouco de saudade. Daquela confusão, das risadas, até dos sufocos. Mas acima de tudo, saudade dos meus amores, aqueles que me fazem uma falta que eu nem consigo explicar. Queria tanto estar juntos deles, ou que eles estivessem aqui. Mas eu sei que logo os terei novamente comigo. Ainda bem. Eu não iria agüentar muito tempo de distância. A saudade iria me corroer até a última migalha.